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Porque não gostamos do produto “Globeleza”.

  1. É racista, a TV aberta só apresenta mulheres negras em posições degradantes, não há representatividade a não ser em papéis sem fala e limpando a residência de alguma pessoa branca ou sem fala e hipersexualidas, nuas em horário nobre;

  2. É machista, já viu algum homem pelado, no horário nobre em rede nacional pintado de purpurina? Não, porque é degradante;

  3. Faz o imaginário popular reafirmar que o “nosso papel na pátria é atrair gringo interpretando mulata”. Izalú, em Mulheres Negras;

  4. É apresentada como “Mulata”, palavra absolutamente ofensiva com origem nos estupros de senhores com escravas, que davam origem a crianças com pele mais clara que da mãe e mais escura que do senhor;

  5. Remonta o período escravocrata em que a inicialização sexual do menino branco era com a “Mulata”, pois ela teoricamente tinha mais libido que a mulher branca e era considerada mais depravada;

  6. A Globeleza precisa se aproximar do estereótipo da beleza, no caso a europeia, mas não muito pois os europeus jamais se sujeitariam a essa condição, e ao mesmo tempo deve se afastar do africano, mas não muito, pois só nós faríamos esse papel. Lembram do caso de desaprovação nacional da Globeleza Nayara justino? Negra demais, cabelo muito crespo, colocaram uma mais clara, cabelo cacheado, mas ainda sim negra. Isso mina nossa autoestima, confiança e acarreta depressão, passamos a nos ver de baixo para cima;

Nayara justino

Erika Moura

7. Não é cultura popular, é um produto que objetifica a mulher negra;

8. Bonita só no carnaval, ok? E tem que ser magra e alta, pele não muito escura por favor. O padrão de mulher negra bonita é insustentável! A diversidade não é bem vinda para esse produto e pior, nos fazem acreditar que isso é o certo, quem foge do padrão está fadada ao ridículo, a solidão, ao desgosto.

Se é um produto ruim, porque disputamos para sermos eleitas ou aplaudimos e avaliamos o produto Globeleza?

É muito difícil sair do senso comum, geralmente quem nos abre os olhos sobre este tema, são feministas, integrantes do movimento negro e outras pessoas que estão na academia, ambientes abertos á debate, ambientes que tem como foco sair do senso comum e refletir, mesmo porque essas pessoas geralmente tem maisacesso a obras que abrangem o racismo e machismo, temas que somos condicionados pela sociedade a não refletir, para não problematizar as estruturas de gênero, classe e raça, fincados na sociedade. Por isso reproduzimos o machismo e racismo, inibindo assim o questionamento e mais, acreditando que quem vê problema é errado.

Para ilustrar: Globelezo: https://www.youtube.com/watch?v=mTgu52x_8TQ

Fonte:

http://www.brasilpost.com.br/lorena-monique/globeleza-racismo_b_9077696.html


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