Músicas que abordam a questão Étnico-Racial
Olá menin@s,
O post de hoje é especialmente para quem gosta de música, ainda mais aquelas que falam da realidade do povo brasileiro, criticam a sociedade em que vivemos e valorizam a nossa estética.
Mulheres Negras – Yzalú
Compositor: Eduardo da Facção Central
Essa música é emocionante é impossível escolher a melhor parte, choro todas as vezes que escuto ela e vejo verdade em casa verso. E além do mais é recheada de pautas e reinvindicações politicas.
Preto Cismado – Aláfia feat. Tássia Reis
“O refrão nasceu da ideia de algumas pessoas colocarem a problemática do racismo como mimimi, drama nosso. Essas pessoas acabam achando que você falar disso toda hora é cismar, achar pelo em ovo. E, na verdade, quem cisma não somos nós, mas a sociedade com a sua intolerância ligada a valores morais” – Eduardo Brechó
Aláfia é uma banda brasileira que mistura gêneros da música negra , o grupo é composto por Eduardo Brechó – voz, guitarra e direção musical, Xênia França e Jairo Pereira : voz, Alysson Bruno e Victor Eduardo: percussão, Lucas Cirillo: gaita, Pipo Pegoraro: guitarra, Gabriel Catanzaro: baixo, Gil Duarte: trombone e flauta, Filipe Vedolin: bateria, Fabio Leandro : teclado, com letras que denunciam as tensões sociais contemporâneas e saúdam 11 orixás, como em festas públicas do Candomblé.
Mais sobre o grupo: http://alafia.art.br
Boa esperança – Emicida
Compositor: Emicida e Nave
Essa música foi um tapa na cara da sociedade, mostra que mesmo com o fim da escravidão os negros sofrem as consequências de tal fato histórico até os dias de hoje, fala sobre intolerância religiosa, sobre a maioria da população negra brasileira viver a margem da sociedade, a violência (POLICIAL) contra essa população principalmente os jovens, do humor que usa nossos traços pra fazer opressor sorrir, da escola que esconde o nosso passado que deixa de contar a história de nossos ancestrais dos nossos heróis (mesmo com a lei 10.639/03), a critica ao opressor que quer ditar quando é racismo e quando não é (branco nunca sofreu racismo, então não sabe quando acontece) e mostra o tempo todo que ninguém se importa com a nossa luta.
Leandro Roque de Oliveira, mais conhecido pelo nome artístico Emicida, é um rapper, repórter e produtor musical brasileiro. É considerado uma das maiores revelações do hip hop do Brasil nos últimos anos.
Eu só peço a Deus – Inquérito
Essa música fala sobre racismo enraizado e naturalizado no Brasil mostra a influência do racismo do passado com o racismo contemporâneo. A exclusão dos negros que foram tirados do centro para “limpar” as cidades para os turistas, critica os nomes de ruas que homenageiam pessoas que foram “vilões” em nosso país, mas são colocados como heróis, apresenta a indignação com uma minoria com poder aquisito e uma maioria na miséria. E para encerrar: “Quem não tem sangue de preto na veia deve ter na mão” né não?
Inquérito é um grupo de rap brasileiro formado no interior de São Paulo na cidade de Campinas, no ano de 1999. Inicialmente formado por Renan Inquérito, DJ Rodrigo, Nicole e Pop Black e atualmente não conta mais com Nicole (ex-integrante).
Mais sobre o grupo: http://grupoinquerito.com.br/ (Baixe as músicas)
Olhos Coloridos – Sandra de Sá
A música faz critica a todos que humilham e se sentem superior aos negros por causa de seus traços/característica (vestimentas, roupa, pele, boca, cabelo).
Sandra Cristina Frederico de Sá é uma cantora e compositora brasileira, expoente da música popular brasileira, com denso enfoque em black music mundial.
Carta a mãe África
Compositor: Gog
Essa música é linda conta a história de um filho (Povo negro brasileiro) que escreve uma carta para a sua mãe (África), que vai relatando a sua vida fora da sua terra natal no caso o Brasil, os problemas que enfrenta diariamente: A fome, o padrão de beleza que lhes é imposto, a dificuldade que o negro tem para ter uma ascensão social, as senzalas que foram trocadas por cadeias.
Critica ao racismo inverso (Gente isso não existe), a nossa falta de conhecimento sobre o continente africano, a falsa democracia racial.
Os diálogos sobre ações afirmativas onde “o opressor ameaça recalçar as botas”, racismo existe sim sofremos pela cor, o patrão e o padrão. E infelizmente “A carne mais barata é a carne negra”.
Ellen Jovue Gomes de Oléria é uma cantora, musicista, compositora e atriz brasileira.
Mais sobre o grupo: http://ellenoleria.com.br/
Genival Oliveira Gonçalves, mais conhecido pelo seu nome artístico GOG é um rapper, cantor, e escritor brasileiro. É um dos pioneiros do movimento rap no Distrito Federal. Desde o início da carreira, ganhou a alcunha de Poeta.
Anônima – Tamara Franklin
Moradora do bairro Pedra Branca em Ribeirão das Neves, Tamara Franklin tem 24 anos, a artista é tratada como uma das grandes revelações da cena rap em Minas Gerais. Mulher negra e pobre da periferia, Tamara prepara seu primeiro álbum que traz inúmeras reflexões sobre o local onde vive e sobre a vida da artista.
